Oito dos dez jogos finais poderão mudar G4 ou Z4. Problema não é ponto corrido, mas incompetência dos que deixam o líder escapar

                                                                                                                                                        Gazeta Press

As lutas contra o rebaixamento e pela conquista de uma ou duas vagas restantes na Libertadores 2014 farão a emoção da 38ª e última rodada do Brasileirão.

Apenas dois dos dez jogos finais do campeonato não terão qualquer influência nas disputas para permanecer na Primeirona ou ganhar um buraco na principal competição das Américas.

Serão eles:

Flamengo X Cruzeiro – O único atrativo deste jogo no Rio de Janeiro deverá ser a festa de troca de faixas entre os dois clubes. O mineiro receberia as de Campeão Brasileiro e entregaria ao carioca as do título da Copa do Brasil. Para os rumos do Brasileirão, interferência zero: o Cruzeiro é campeão há muitas rodadas e o Fla, com 48 pontos, viu-se livre de qualquer chance de rebaixamento ainda no início da 37ª rodada, no sábado (30), com o empate em 2 a 2 do Fluminense com o Atlético-MG.

Náutico X Corinthians – Na sua melancólica despedida da Primeira Divisão, o time pernambucano, lanterna da competição com apenas 17 pontos ganhos, 79 gols tomados e 58 de saldo negativo, pega a equipe paulista, décima colocada com 50 pontos e sem riscos de rebaixamento ou chance de vaga na Libertadores.

Todos os outros jogos envolverão times no esforço para conquistar o direito de jogar a Liberta ou o de fugir do Z-4.

Em alguns casos, como os de Botafogo X Criciúma e Atlético-PR X Vasco, as duas batalhas serão colocadas no mesmo jogo, com um desesperado para se livrar da queda em um lado e um candidato à Libertadores no outro.

Então imagine agora se os concorrentes tivessem mostrado um mínimo de competência para evitar a disparada do Cruzeiro, trazendo a decisão do título pelo menos para a penúltima ou, de forma ideal para a última rodada, como ocorreu, por exemplo, com a tecnicamente mediana mas emocionante edição de 2009, vencida pelo Flamengo?

Como se percebe, os pontos corridos podem produzir muita emoção.

Aprecio decisões.

Mas, para ser justo, é preciso reconhecer: o que torna as coisas modorrentas não os pontos corridos, mas a incompetência, a mediocridade e a impotência dos concorrentes brasileiro para deter o candidato a disparar na ponta.

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